quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

História do rei D. Sebastião


Vindo el-rei D. Sebastião de uma longa cavalgada,
Mal chegou a casa foi ter com sua amada.
Vindes cansado senhor chegai-vos para ao pé de mim,
 Quero dar-vos uma noite de amor, que mais parecerá não ter fim!
Pois mas venho muito cansado, trouxe algo para vós,
Reparai, é um gelado!
Comei só um bocadinho, chupai só um bocado!
El-rei D. Sebastião, de tão cansado que estava,
Acabou por adormecer, e não saciou sua amada.
Eram altas horas da madrugada,
Quando el-rei acordou, e sua amada procurou,
Mas… nada, não a encontrava.
Ao passar junto a uma arrecadação pouco utilizada,
Pareceu-lhe ouvir alguém, de dentro sai uma risada.
Quem está aí?
De dentro lhe disseram:
Vindes tarde senhor, vossa amada eu beijei,
E foi apenas por amor!
Então el-rei furioso ficou, e bradou com voz forte:
Quem comer a minha amada, terá pena de morte!
Sua amada replicou:
Então para alem deste bobo,
Mandai matar mais metade da corte!
El-rei lhes leu nova sentença:
A esse que está aí contigo, os … serão cortados,
E colocados numa bandeja,
Pois irão par o centro da praça, para que toda a gente veja!
Quanto a vós bela donzela,
Irei arranjar uma nova amada, que será ainda mais bela,
E passareis a ser sua criada!
Poderia até ser uma bela história de amor,
Mas foi escrita por puro entretimento, aqui por este senhor:
                             José Resende

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